domingo, 25 de setembro de 2011

A OBRA DE MICHELANGELO NA CAPELA SISTINA

 ANA LAURA SILVA

Teto da capela Sistina



Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, nascido na cidade de Caprese no dia 6 de Março de 1475, um dos maiores artistas do Renascimento, que foi um período caracterizado pelo despertar de novas concepções sobre as ciências, a filosofia, a arquitetura, a pintura e a escultura. Naquela época, a maioria da população era camponesa, e o único meio de progredir rapidamente era por meio da igreja, Michelangelo se beneficiou do mecenato na igreja, e todas as suas grandes obras foram encomendadas por pessoas da mesma.


Em 1508, o Papa Julio II lhe deu a tarefa de pintar o teto da Capela Sistina, situada no Vaticano e onde se realizam os conclaves (escolha do Papa). Ele reclamou ao aceitar a encomenda por considerar-se um escultor e não um pintor, e é visível nesta obra a transposição da sua linguagem de escultor para a de pintor. A composição é monumental, as figuras humanas são ressaltadas em seus contornos e volume escultural, enquanto as paisagens são tratadas com menor importância.


Os afrescos cobrem aproximadamente 520 metros quadrados. A área central do teto foi dividida em nove painéis que ilustram passagens no Antigo Testamento, sendo três sobre a Criação do Mundo (Deus separando a luz da escuridão, A criação do sol, da lua e das estrelas e Deus separando a terra das águas), três sobre Adão e Eva (A criação de Adão, A criação de Eva e A expulsão do Paraíso), e três sobre Noé (O sacrifício, O Dilúvio e a Embriaguez de Noé); esses painéis são ladeados por pinturas das Sibilas (profetizas da mitologia grega) e profetas hebreus.


A obra foi realizada entre os anos de 1508 e 1512, e com o surpreendente resultado dos afrescos no teto da capela, cerca de vinte anos mais tarde, Michelangelo foi contratado novamente para a pintura da cena do Juízo Final, na parede do altar, que antes havia afrescos sobre a Assunção da Virgem no Batismo de Cristo e no resgate de Moisés das águas do Nilo. O Juízo Final pintado por Michelangelo cobre uma imensa área de quatorze metros por doze, sendo que mostra Cristo pintado ao centro erguendo a mão e convocando os mortos para sua hora de julgamento. A pintura foi alvo de fortes críticas, pois Michelangelo não adequou as imagens, mostrando os órgãos genitais, que depois de sua morte foram “adequados”, e em alguns casos danificando a pintura.


De fato, os afrescos pintados por Michelangelo na Capela Sistina, são um dos maiores Tesouros da Humanidade, retratando toda a sua genialidade, o artista expressou de forma bastante realista, dando vida as imagens, como se elas tivessem sido esculpidas. Visto a grandiosidade da obra, é inacreditável que tudo isso tenha sido feito por um só homem, que foi o primeiro grande artista moderno, e é tido como um protótipo do conceito de gênio até os dias de hoje.
Juízo Final

Um comentário:

  1. ANA LAURA
    O TEXTO ESTÁ BOM, MAS É PRECISO CITAR AS FONTES DE SUA PESQUISA.
    PODE TAMBÉM COMPARAR AS DUAS OBRAS DA CAPELA SISTINA, OU SEJA, DEMONSTRAR ELEMENTOS QUE CARACTERIZAM A PINTURA DO TETO COMO RENASCENTISTA E A PINTURA DO ALTAR COMO BARROCA.

    ResponderExcluir