domingo, 25 de setembro de 2011

ESTUDO DA PERSPECTIVA NA ARTE RENASCENTISTA

KARINA ALVES FALEIROS RISSATO




          A perspectiva não é nada mais que o modelo geométrico do objeto real que descrevemos, de acordo com a estética, segundo a definição presente no livro A perspectiva de G. Gianazza, na página 15.
          Segundo o livro A perspectiva na arte de José M. Parramóm, o que mais representou, tanto para os artista do passado, quanto para os de hoje, a oportunidade e o hábito de ver e compreender a perspectiva foi a fotografia.
A divisão de espaços em profundidade e em perspectiva foi o grande problema dos artistas do Renascimento que finalmente Leon Baptista solucionou, se bem que só em parte e unicamente na versão de perspectiva paralela.
            Na medida em que o Renascimento resgata a cultura Greco-romana, as construções foram influenciadas por características antigas, adaptadas á  realidade moderna,ou seja, a construção de igrejas cristãs adotando-se os padrões clássicos de palácios e mosteiros seguindo as mesmas bases.
             Os arquitetos renascentistas, percebem que a origem de construções clássicas estava na geometria euclidiana, que usava como base de suas obras o quadrado aplicando-se a perspectiva, com o intuito de se obter construções harmônicas.
Apesar de racional e antropocêntrico, a arte era representada pelo plano centralizado ou a cruz de grega. Os planaltos, também foram construídos de forma plana tendo como base o quadrado, um corpo sólido e normalmente com um pátio quadrangular, que tem a função de fazer chegar luz as janelas internas.

Como exemplo, temos o hospital  Tavera  Alonso de Covarrubias- Toledo –Espanha
 Dentro dessa técnica que se utilizava da perspectiva, tinha algumas acepções como a perspectiva gráfica, a atmosférica, o ponto de fuga e a linha do horizonte.
            A perspectiva gráfica se define como a projeção em uma superfície bidimensional de uma determinada cena tridimensional. Para ser representada na forma de um desenho (conjunto de linhas, formas e superfícies), devem ser aplicados mecanismo gráficos estudados pela ´´ geometria projetiva ´´( estudo das propriedades descritivas das figuras geométricas,consolidada a partir de uma publicação de Jean Victor Poncelet , intitulado tratado  das propriedades das figuras no ano de 1822.
Ampliando a linguagem simples da geométrica, sobretudo, oferecendo meios próprios para demonstrar e fazer descobrir as propriedades que gozam as figuras, quando se as considera de uma maneira abstrata e independente de qualquer grandeza absoluta e determinada), os quais permitem uma reprodução   precisa ou analítica da realidade espacial.
Ainda que, a perspectiva seja um dos principais campos de estudo da geometria projetiva seu estudo é basicamente anterior a ela, os povos gregos já possuíam algumas noções do fenômeno perspectivo, denominando-o como ´´escorço´´(técnica no qual a parte do desenho ou pintura se projeta para fora dela). Durante a era medieval foram se perdendo as técnicas de perspectiva e o conhecimento teórico a respeito do assunto se perdeu. Foi durante o período do renascimento que a perspectiva foi profundamente desenvolvida, abrindo o caminho para o seu estado matemático através da geometria projetiva, que posteriormente se sistematizou.
Como exemplo de uma construção de perspectiva geométrica,tem-se a gravura de Henricus Hondius.


Em arte, principalmente na pintura, a perspectiva atmosférica,refere-se a técnica mediante a qual é possível criar ilusão de distância e profundidade entre os objetos aplicando certas técnicas que implicam a utilização da cor do valor e da nitidez dos objetos representados. Perspectiva aérea ou atmosférica, é um termo aplicado as artes plásticas. O nome não devera ser confundido com o conceito de perspectiva aérea ou com três pontos de fuga, aplicado no desenho técnico na arquitetura.

O descobrimento desta técnica foi do arquiteto e engenheiro do renascimento italiano Felippo Brunelleschi, embora, seja erroneamente atribuídos o descobrimento da mesma a Leonardo da Vinci pelo fato de ter ele utilizado intencionalmente esta técnica nas suas pinturas e por ter investigado e escrito muito a respeito. Em alguns dos seu manuscritos descreveu a técnica a qual chamava perspectiva aérea,da seguinte maneira: “as cores se tornam mais claras em proporções a distância da qual a pessoa que está a olhar para essas. Portanto, estimamos a 5 vezes a distância do objeto, aclaramos a cor 5 vezes”. A obra Mona Lisa de Leonardo da Vinci é um exemplo desta técnica.

O ponto de fuga, cuja a abreviatura é PF, em geometria, é o ponto de convergência das linhas que descrevem a profundidade dos objetos,é a direção para onde o objeto segue,se aprofunda.





Já a linha do horizonte, com a abreviatura lh, em perspectiva, é a linha imaginária na altura dos olhos que separa a parte superior e inferior da visão, é também o local aonde se localiza o ponto de fuga. O oceano forma a linha do horizonte perfeita, qualquer  que seja a altura em que se observa, seu horizonte estará sempre na altura dos olhos do observador (obviamente a regra não vale para altitude artificialmente obtida).



Na obra O Nascimento de Vênus de Sandro Botticelli não foram utilizadas muitas das técnicas da perspectiva pela observação, ve-se que  não foram utilizadas a técnica da perspectiva atmosférica, da perspectiva grafica , nem o ponto de fuga, foi usada somente a  linha do horizonte.


Já na Obra  Retrato de Ginevra de Benci de Leonardo da Vinci, utilizou-se da perspectiva atmosférica, assim como no quadro A Virgem de  Granado (Atribuída atualmente a Leonardo da Vinci, e anteriormente a Verrocchio ou Lorenzo di Credi).



















No quadro a Ultima Ceia de Leonardo da Vinci. O pintor compôs a obra com as técnicas da perspectiva gráfica, do ponto de fuga e da linha do horizonte.


 
 

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