Lindolfo Júnior Domingos da Silva
“Não me falem de nada pequeno.”- Bernini, ao propor pessoalmente seu projeto a Luís XIV.
7 de dezembro de 1598, algum lugar seria na Itália. Precisamente Nápoles. Tanto faz, pessoas nascem em uma cidade e morrem em outra constantemente. Isso modifica alguma coisa? Michelangelo diz que sim, Leonardo pensa e Caravaggio apaga as velas. Bem, se modifica ou não alguma coisa, Bernini ainda continua tendo como cidade natal Nápoles. Filho de Pietro Bernini, o nome do pai talvez venha ao caso de ser citado, pois era escultor maneirista; isto influencia em algo Bernini (Júnior).
Desde cedo começou a fazer esculturas, (prodígio do papai) tornando-se artista independente. Um pouco de tempo passado, obteve, como patrocinador Scipione Borghese, e por hora, ficava a fazer decorações de jardim. Fez obras primas, como “Enéas, Anquise e Ascânio”, onde representou as três fazes da vida do Homem. Mas talvez o Homem tenha mais do que três fases...
Então surge o papa Barberini que se interessa muito pela obra do nosso escultor (nosso acho que não, talvez só da mãe e do pai dele.). Pra começar, Bernini fez o baldaquino da Basílica de São Pedro a pedido do papa. Anos mais tarde faz o monumento fúnebre Urbano VII.
Em se, Bernini conseguiu colocar o movimento, o drama, as sombras, (a mágica) em pedras! Michelangelo do barroco! Talvez melhor? Quem sabe... Tudo tem um fundo mais que a alma sem sombra? Mármore seria só mármore se não fosse Bernini.
Um dia acordaram e viram que o céu já estava azul desde quando o mundo se tornou mundo, e perceberam que o mármore nasceu para Bernini, ou que Bernini reinventou o mármore.
Obras consagradas como o Êxtase de Santa Teresa fizeram com que esse artista fosse um marco na história do Barroco. Os detalhes precisos e minuciosos viajam através de todos os tempos num vai e vem de um frenesi eterno.
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